quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Segunda Oficina do Projeto "Águas do Cerrado" no CEF Dra. Zilda Arns**

Ainda sem certeza se chove para valer ou não... é tempo de plantio. Ainda sem cair gota do céu, confiamos e plantamos no seco. Em recompensa, choveu no dia seguinte!

Foi uma pena termos perdido metade das fotos da oficina e o registro da alegria do grupo em colocar a mão na massa. Ainda bem que restaram algumas para nos lembrar dessa manhã de tanto aprendizado. Gratidão à nossa fotógrafa Erica Gabriela (de quem são todas a fotos com exceção da primeira)! Na roda de avaliação, ao final da oficina, questionados sobre o principal aprendizado, vários disseram que foi a constatação de que "juntos somos fortes". Ficaram impressionados com a capacidade do grupo de, em tão pouco tempo conseguir fazer tanto! Falas surpreendentemente lindas foram também as dos que declararam ter sido a primeira vez na vida em que plantavam. Só isso já teria valido a manhã, mas foi muito mais. Mas comecemos pelo começo. O começo foi um dia antes, quando uma equipe do IPOEMA (http://www.ipoema.org.br) foi até a escola para preparar os canteiros em forma de mandalas. A terra seca e dura levou tempo para resistir. Não daria tempo de fazer esse preparo no mesmo dia da oficina. Foi uma decisão bem acertada a de deixar tudo pronto. Assim, ninguém haveria de desanimar logo no começo de tudo.

Gustavo, Joaquim e Lucas deram um empenho e prepararam mandalas caprichadas para nossa oficina!
No sábado de manhã começamos nossa oficina com uma roda na qual cada participante escolheu uma das fotos colocadas em volta do centro e com base na foto escolhida, se apresentou e disse como estava chegando.


A seguir, revisitamos nossos Acordos de Convivência, construídos conjuntamente na oficina anterior. Fizemos também um resgate da memória do que havíamos feito na oficina anterior para acolher os que estavam vindo pela primeira vez. 


Afim de aproveitarmos bem a manhã e fugir do sol mais forte, fomos diretamente para a área do plantio. E foi assim que a encontramos:

Marco zero do projeto Jardinagem Agroflorestal na CEF Dra. Zilda Arns. O início...


Como fazer um jardim em um lugar cheio de sujeira assim???

Portanto, tarefa número 1: faxina geral. A galera assumiu de boa e fez dando risada. Desafiados a deixar tudo limpo em 5 minutos usando o poder do grupo, a magia se fez. Já pensou que bom se a moda pega?




Enquanto isso, Igor foi lá dar uma espiada nas bandejas semeadas com hortaliças na primeira oficina. Uma semana ainda não foi o suficiente para a maior parte, mas as abobrinhas já começaram a despontar. Cuidadoso, Igor molhou tudo.













Área limpa, bandejas regadas, fomos dar uma olhada nas nossas mandalas, 
nosso canteiros circulares onde vamos plantar jardins:

Demos uma olhada nas mudas disponíveis e cada grupo escolheu as de seu interesse. Ao mesmo tempo em que escolhiam as mudas, íamos partilhando nossos conhecimentos sobre o tamanho e ambiente de cada uma e refletindo sobre quais combinariam com quais para que pudéssemos plantá-las juntas. Portanto conversamos um pouco sobre estratificação, diversidade, local de origem e ciclo de vida de algumas delas. Foi tudo tão rápido que voltaremos ao tema muito mais vezes, mas alguns conceitos já começaram a fazer sentido...

Apresentação das mudas disponíveis
Mudas de abacaxi
Mudinhas de mamão prontas para ir para o chão
Mudas de fruteiras e árvores nativas do Cerrado
Escolhemos uma das mandalas para a demonstração. Cada um com suas mudas na mão... ansiedade de colocá-las na terra!


Adubação do solo com yoorin e esterco de gado curtido.
Mas antes, demos uma boa adubada com yoorin e esterco de gado curtido. No preparo do dia anterior, a equipe já havia colocado calcário. Mas isso tudo só foi necessário porque o solo está muito degradado e compactado. Quando tivermos solo fértil criado pelo nosso manejo, não será mais necessário adubar. A meta é que todo adubo possa ser obtido no próprio lugar a partir do plantio de plantas que terão a função primordial de produzir biomassa. Mas essa é outra história da qual falaremos mais adiante porque o tempo dessa segunda oficina voou... e quando vimos... já tinha acabado!
Augusto, funcionário da escola, jardineiro profissional e participante da oficina planta uma mudinha de ipê. Está dada a largada...

Depois de plantarmos as mudas no centro de cada mandala, cobrimos o solo com folhas e galhos picados. A seguir, vieram as sementes no canteiro circular ao redor das mudas centrais. Sementes de gergelim, milho, salsinha e muitas outras. Finalizamos tudo regando bem... Foram as fotos desse final da oficina que se perderam. Então, enquanto a próxima oficina não acontece para mostrarmos como ficaram as mandalas, usemos a imaginação... 
O grupo de jardineiros da CEF Dra Zilda Arns, animadíssimo para colorir a escola de verde e flores!

** Essa oficina é parte do programa completo de Educação para a Sustentabilidade, do projeto Águas do Cerrado, uma iniciativa realizada pelo Ipoema e patrocinada pela Petrobras, por meio do programa Petrobras Socioambiental. Para saber mais, visite: http://ipoema.org.br/aguas/

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